Sabe quando dá aquela sensação de claustrofobia?Eu estava assim,o castelo era lindo e tudo tal mas eu gostava mais de sair e ficar vagando meio sem destino,como um gato: Ninguém nunca sabe quando ele vai aparecer ou se vai aparecer.Ta isso foi dramático.
Mas a desculpa para sair do castelo aparece quando Hécate,minha raposinha de estimação, ficou pulando ao meu redor até eu sacar que ela queria dar uma corrida pelos terrenos do castelo.Dei de ombros, nada de mais.Peguei meu casaco surrado e joguei por cima do suéter preto e sai do castelão encardido em direção a orla da floresta proibida que não era mais proibida pra mim . Um vento soprou quase levantando minha saia, tive que dar uma de Marilyn Monroe pra tudo não sair voando '-', dei graças a Deus por ninguém ter visto aquilo, afinal não era legal para a imagem de uma professora uma ceninha constrangedora, ou pior : Umaa ceninha constrangedora com pouca roupa x_x.Ser professora não era exatamente o que eu pedi a Deus, é cansativo,chato e cansativo e eu só aceitei o cargo pelo amor as mitologias porque se fossem pelas crianças eu já teria jogado-as pela janela da torre de astronomia.

Odeio gente, principalmente gente pequena com pouco raciocínio lógico.

A clareira da floresta proibida estava entrando no clima de inverno: Ventos fortes sopravam incessantemente agitando meus cabelos e roupas, uma luz fraca penetrava entre as folhas das árvores mais altas e sons típicos de floresta preenchiam o local. Hécate começou a caminhar pelos arredores e eu me sentei nas raízes de uma salgueiro respirando o doce ar da floresta e então, pela primeira vez em semanas, fechei os olhos e relaxei completamente.