Castelo Le Fay Tintagel - 03 de Nov. de 1889 A.V. - Tarde



 
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 Castelo Le Fay Tintagel - 03 de Nov. de 1889 A.V. - Tarde

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Igraine Avalon Ravenclaw
Titulado: Gringotts Bank ∫ Segurança do Banco.Gringotts Bank ∫ Segurança do Banco
Igraine Avalon Ravenclaw


Nome Completo : Ravenclaw
Animal de Estimação : Gato Pêrsa
Patrono : Garça
Habilidade : Telepata
Varinha : Videira
Estado Civil : Solteiro(a)
Idade : 35
Estou - Resido : Castelo de Tintagel - Ilha Sagrada de Avalon
Profissão - Lazer : Sacerdotisa - Medibruxa

Informações Bruxas
Cursando: 1º Ano
Casa: Durmstrang
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MensagemAssunto: Castelo Le Fay Tintagel - 03 de Nov. de 1889 A.V. - Tarde   Castelo Le Fay Tintagel - 03 de Nov. de 1889 A.V. - Tarde I_icon_minitimeSex Abr 22, 2011 5:50 am



Castelo Le Fay Tintagel - 03 de Nov. de 1889 A.V. - Tarde Igrane10

Initiated Priestess of Avalon
The sacred island
Mesmo em pleno verão, Tintagel era um lugar assombrado. Do promontório onde estava, Igraine, esposa do Duque Gorlois, olhou para o mar. Enquanto contemplava a cerração e a névoa, pensava em como poderia saber quando a noite e o dia teriam a mesma extensão, para poder celebrar a Festa do Ano-Novo. Naquele ano, as tempestades de primavera haviam sido excepcionalmente violentas; noite e dia o rumor das ondas ressoara pelo castelo, impedindo seus habitantes de dormir, e até os cães uivavam dolorosamente. Tintagel... ainda havia quem acreditasse que o castelo fora levantado, na rocha escarpada no extremo final do longo promontório que se projetava mar adentro, pela magia do antigo povo de Ys. O Duque Gorlois ria-se disso e dizia que, se tivesse esse poder, tê-lo-ia usado para impedir que o mar avançasse, ano a ano, sobre a terra. Nos quatro anos em que estava ali, desde que chegara como noiva de Gorlois, Igraine vira a terra, boa terra, desmanchar-se ao atrito do mar de Avalon. Longos braços de rocha negra, áspera e alcantilada, estendiam-se pelo oceano, a partir da costa. Quando o sol brilhava, a paisagem podia ser dourada e brilhante, o céu e a água luziam como o monte de jóias que Gorlois lhe dera, no dia em que anunciara estar grávida do seu primeiro filho. Igraine, porém, jamais gostara de usá-las. A jóia que pendia agora de seu pescoço lhe fora dada em Avalon: uma pedra-da-lua que por vezes refletia o brilho do céu e do mar; mas hoje, no nevoeiro, até mesmo a jóia parecia opaca. Na cerração, os sons percorreram caminhos longos. Pareceu a Igraine, ali de pé no promontório, que, ao voltar o olhar para a terra, podia ouvir o bater dos cascos de cavalos e mulas e o som de vozes - vozes humanas, ali no isolado Tintagel, onde só viviam cabras e ovelhas, mais os pastores e seus cães, além das mulheres do castelo com algumas criadas e uns poucos homens, já idosos, para protegê-las. Igraine voltou-se lentamente e retornou ao castelo. Como sempre, de pé à sua sombra, sentia-se pequenina ante a imponência daquelas velhas pedras, ao fim do longo promontório que se estendiam pelo mar. Os pastores acreditavam que o castelo fora construído pelos Antigos, das terras perdidas de Lyonesse e Ys; e os pescadores contavam que, em dias claros, os velhos castelos podiam ser vistos muito ao longe, sob a água. Mas para Igraine eles pareciam torres de rocha, velhas montanhas e morros engolidos pelo mar que avançava sempre, que ainda o mar comia incessantemente a terra, era fácil acreditar em áreas submersas, no oeste. E falavam ainda de uma grande montanha de fogo, que explodira, muito mais para o sul, carregando todo um grande país que ali existia. Igraine não sabia se acreditava ou não nessas histórias. Sim, certamente podia ouvir vozes na cerração. Não seriam atacantes selvagens vindo do mar ou do litoral selvagem de Erin. Há muito havia passado a época em que ela se sobressaltava a um som ou uma sombra estranhos. Não era seu marido, o Duque: ele estava muito longe, no Norte, lutando contra os saxões, ao lado de Ambrósio Aureliano, o Grande Rei da Bretanha, e teria avisado se pretendesse voltar. Não precisava ter medo. Se os cavaleiros fossem hostis, os guardas e soldados do forte situado no ponto em que o promontório se ligava À terra, ali colocados pelo Duque Gorlois para proteger a mulher e filha, os teriam detido. Seria preciso um ecército para pasar por eles. E quem mandaria um exéricito contra Tintagel ? Houve uma época - Igraine lembrava-se sem amargura, caminhando lentamente para o pátio do castelo - em que ela teria sabido quem se aproximava. Essa lembrança não provoca-lhe maior tristeza, agora. Desde o nascimento de Morgana, não chorava mais de saudades de casa. E Gorlois, seu marido, era bondoso com ela. Tranqüilizara-a quando tivera medo e ódio a princípio, dera-lhe jóias e coisas belas, troféus de guerra, cercara-a de mulheres que serviam, e tratava-a sempre como igual, a não ser nos conselhos de guerra. Igraine não podia ter desejado mais, exceto se tivesse desposado um homem das tribos. Quanto a isso, não tivera escolha. Uma filha da ilha sagrada deve fazer o que é melhor para seu povo, quer signifique caminhar para a morte em sacrifício, quer entregar sua virgindade no Casamento Sagrado, quer casar-se, quando isso pudesse cimentar alianças. Era o que Igraine havia feito, desposando um Duque da Cornualha romanizado, cidadão que vivia ao modo romano, embora Roma tivesse deixado toda a Bretanha.

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Castelo Le Fay Tintagel - 03 de Nov. de 1889 A.V. - Tarde Igrane10

Initiated Priestess of Avalon
The sacred island
Igraine tirou o manto dos ombros, com um gesto; lá dentro do pátio estava mais quente, fora do alcance do vento cortante. E ali, quando a cerração rodopiou e esgarçou-se, pairou à sua frente, por um momento, uma figura vinda da bruma e da névoa: sua meia-irmã, Viviane, a Senhora do Lago, a Senhora da ilha sagrada. - Irmã! As palavras tremeram, e Igraine sabia que não as havia gritado, mas apenas murmurado, as mãos apertadas contra o peito. - É você, realmente, que eu vejo aqui ? O rosto tinha um ar de censura, e as palavras pareciam desaparecer no som do vento, além das muralhas. Você abandonou a Visão, Igraine ? De sua livre vontade ? Magoada pela injustiça dessas palavras, Igraine respondeu: - Foi você quem determinou que eu devia desposar Gorlois... Mas a forma de sua irmã desaparecera nas brumas, não estava ali, jamais estivera. Igraine pestanejou: a rápida aparição se fora. Envolveu-se no manto, pois sentiu frio, muito frio: sabia que a visão tirava a sua força do calor e da vida de seu próprio corpo. Pensou: "Não sabia que eu ainda podia ver dessa maneira, tinha certeza de que não podia mais..." e estremeceu, sabendo que o padre Columba consideraria isso obra do diabo, e que deveria confessar-se com ele. É certo que ali, no fim do mundo, os padres eram tolerantes, mas uma visão não declarada em confissão seria, sem dúvida, tratada como heresia. Franziu as sobrancelhas: por que deveria tratar uma visita de sua como obra do diabo ? Padre Columba podia dizer o que quisesse, mas talvez o seu deus fosse mais sábio que ele. Talvez padre Columba se tivesse tornado um sacerdote do Cristo porque nenhum colégio de druidas aceitaria um homem tão estúpido. O Deus do Cristo parecia não importar-se com a inteligência de um padre, desde que este pudesse engrolar a missa e ler e escrever um pouco. Ela, Igraine, tinha mais instrução do que o padre Columba e falava melhor o latim, quando queria. Não se considerava, porém, instruída: não tivera força suficiente para aprofundar-se na visão mais profunda da Velha Religião, ou de penetrar nos Mistérios além do que era absolutamente necessário a uma filha da ilha sagrada. Mas embora fosse ignorante em qualquer Templo dos Mistérios, podia passar, entre os bárbaros romanizados, como mulher de cultura. Na pequena sala junto do pátio, onde havia sol nos dias limpos, sua irmã mais nova, Morgause, de treze anos e florescente, trajando um amplo vestido de casa, de lã sem tingir, e um velho e desgrenhado manto por sobre os ombros, fiava descuidadamente com um fuso simples, enrolando o fio desigual num carretel. No chão, junto à lareira, Morgana fazia rolar um carretel velho, como se fosse uma bola, observando as trajetórias caprichosas do cilindro assimétrico pelo chão, empurrando-o para um ou outro lado, com os dedos gorduchos. - Será que já não fiei bastante ? Queixou-se Morgause. - Meus dedos estão doendo! Por que tenho que fiar, fiar, fiar sempre, como se fosse uma criada ? Toda dama tem de aprender a fiar. Respondeu Igraine, como sabia que devia fazer - e seu fio é muito malfeito, ora grosso, ora fino... Seus dedos perderão o cansaço, quando se habituarem ao trabalho. Dedos doloridos são indício de que você tem sido preguiçosa, já que não se acostumaram às suas tarefas. Tomou o de Morgause o carretel e o fuso, girando-os rapidamente com grande facilidade. O fio desigual, em suas mãos experientes, adquiriu uma espessura perfeita. - Veja, pode-se tecer com este fio sem deixar falhas na lançadeira... De repente cansou-se de proceder como devia - Mas, agora, pode deixar de lado o fuso. Antes do fim da tarde, teremos hóspedes. Morgause olhou para ela. - Não ouvi nada - disse. - Nem chegou cavaleiro algum trazendo-nos mensagem! - Respondeu Igraine: - Isso não me surpreende, pois não veio nenhum cavaleiro. Foi uma Visão. Viviane está a caminho, e Merlim vem com ela.

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